quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A LEITURA E A ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



As crianças estão cada vez mais enérgicas e com vontade de aprender, aí surge á dúvida de muitos educadores: “deve-se ou não ensinar a ler e a escrever na pré-escola?
Quem escolhe o momento são os adultos. Então, pode-se dizer que esta pergunta está mal colocada.
Quando a resposta é negativa enxergamos as salas limpas, sem qualquer vestígio de escrita, sem nomes de alunos, sem letreiros e etc. A professora conta histórias, nuca as lê. É proibido ler.
Já, quando a resposta é afirmativa, sendo iniciado o aprendizado da leitura e da escrita na educação infantil, notamos que as salas de aula da pré-escola são semelhantes às salas do primeiro ano, se tornando assim uma prática tradicional.
As crianças iniciam o seu aprendizado de noções matemáticas com situações de seu cotidiano.
Assim acontece também com o aprendizado da escrita, porque a escrita faz parte da paisagem urbana, e a vida urbana requer continuamente o uso da leitura.
A criança compreende tamanha importância da escrita nas situações vivencias por ela no dia-a-dia.
Com base nas investigações realizadas é possível afirmar que nenhuma criança urbana de 6 ou 7 anos de idade começa o primário com total ignorância da língua escrita.
Já as crianças rurais, não conseguiriam acompanhar as crianças urbanas, porque no meio rural tradicional a escrita não é tão presente como no meio urbano.
A pré-escola deveria permitir a todas as crianças o contato com a escrita, num ambiente rico em escritas diversas, onde a criança possa escutar alguém lendo em voz alta e ver os adultos escrevendo; tentar escrever sem copiar um modelo, pois a criança aprende muito mais produzindo, inventando formas e combinações; tentar ler utilizando símbolos escritos, ou seja, dados contextuais, pois o uso dos mesmos é uma atividade inteligente; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças e diferenças sonoras. Numa sala de aula deve haver letras. Um ato de leitura é um ato mágico.
Não se deve manter as crianças distantes da língua escrita, mas também não quer dizer que se deve introduzir exercícios de escrita mecânica e etc.
Em vez de nos perguntarmos se “devemos ou não ensinar”, temos de nos preocupar em dar as crianças ocasiões de “aphin der”. A língua escrita é muito mais que um conjunto de formas gráficas. É um domo de a língua existir, é um objeto social.

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