quinta-feira, 16 de outubro de 2008

RESUMO DO LIVRO: "O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER"

ALVES, Rubem. O desejo de ensinar e a arte de aprender. Campinas. Editora Fundação Educar DPaschoal. 2004

A primeira parte do livro é composta por seis crônicas sobre educação. O autor relata na crônica inicial, que a curiosidade é a coceira que dá no cérebro, Afirma, que todos os homens, enquanto crianças têm, por natureza, desejo de conhecer. Para as crianças o mundo é um vasto parque de diversões. As coisas são fascinantes, cada coisa é um convite.
Em uma outra crônica, o autor expõe seu pensamento de que as escolas fazem as crianças aprenderem aquilo que elas não querem aprender. As crianças têm muitas curiosidades e cabe a escola, ao professor levar a sério as perguntas que as elas fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. O autor opina que as perguntas que fazemos revelam o que queremos aprender. As perguntas que os alunos fazem revelam uma sede imensa de conhecimento. O autor se preocupa com aquilo que as escolas faziam com as crianças, mas agora se preocupa com aquilo que as escolas fazem com os professores, pois estes perderam a curiosidade em buscar, em conhecer, isso devido aos programas que devem seguir. As instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E se forem mudadas os professores aprenderão o prazer em ter curiosidade e fazer perguntas.
Numa outra crônica o autor diz que há muitos anos sugeriu que para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Pois assim como precisamos ter fome para comer, é preciso os alunos e os professores ter estímulos para aprender e ensinar. Ele afirma que toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. Para o cérebro pensar é preciso estímulos. A tarefa do professor é a mesma de uma cozinheira: antes de dar a faca e o queijo ao aluno é preciso provocar a fome.
Em uma outra crônica, Rubem Alves aborda sua preocupação em os professores estarem sempre conversando e discutindo sobre programas e pesquisas, deixando de citar no motivo pelo qual estão trabalhando na escola: os alunos. O autor destaca sonhar com o dia em que os professores terão mais prazer em falar sobre os alunos.
Outra crônica do de Rubem Alves revela que o aluno aprende o que não gosta por amar, por gostar. Quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendemos porque amamos, aprendemos porque admiramos.
A importância do brinquedo para a aprendizagem das crianças está evidente na crônica Brincando que se aprende. O autor afirma que há brinquedos que são desafios ao corpo, à sua força, habilidade, paciência. E há brinquedos que são desafios á inteligência. A inteligência gosta de brincar. O brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tiver que fazer coisas que não são desafios, ela fica preguiçosa e emburrecida. Porém brinquedo pra ser brinquedo, tem de ser um desafio. Brinquedos comprados em lojas não são brinquedos por não oferecerem desafio algum. Todo conhecimento científico começa com um desafio. A tarefa do professor é entortar a sua disciplina e transformá-la num brinquedo que desafie a inteligência do aluno. Mas, para isso, é preciso que o professor saiba brincar e tenha uma cara de criança ao ensinar.
Na segunda parte do livro, Rubem Alves relata sobre a Escola da Ponte: a escola dos nossos sonhos.
O autor inicia esta parte contando como se apaixonou pela Escola da Ponte, em Portugal, um lugar único, onde alunos e professores convivem como amigos na fascinante experiência da descoberta.
Rubem Alves relembra que as crianças são curiosas naturalmente e tem o desejo de aprender. E que o interesse natural desaparece quando, nas escolas, a sua curiosidade é sufocada pelos programas impostos pela burocracia governamental.
Durante sua vida, o autor conta ter estado à procura da escola que daria asas à curiosidade. E de repente encontrou a escola de seus sonhos e se apaixonou.
Em 2000, Rubem Alves foi levado para conhecer uma escola diferente. A escola foi apresentada a ele por uma menina de 9 anos. O autor conta ter se assustado quando a menina disse que para entender a escola ele teria que esquecer de tudo o que sabia sobre escolas.
Na Escola da Ponte não há turmas, alunos separados por classes, os professores não dão aula com giz e lousa, não tem provas e notas. Os alunos aprendem através de um pequeno grupo de seis pessoas que formavam em torno de um tema de interesse comum. E o professor é convidado para ser assessor.
A escola era uma grande sala com muitas meninas, crianças pequenas, crianças grandes, algumas com Síndrome de Down. Cada uma fazendo a sua coisa. Estantes com livros. Vários computadores. Algumas crianças lendo ou escrevendo. Outras consultando livros e a internet. Algumas professoras assentadas à mesinha junto das crianças. Ninguém falava alto. E ouvia-se, baixinho, música clássica.
Ao conversar com uma menina que consultava um dicionário Rubem Alves percebeu a sua consciência em escrever textos, para que os alunos menores lessem e entendessem o que ela havia escrito.
O texto que a menina escrevia não era lição que a professora lhe passou. Ela escrevia a pedido dos alunos mais novos.
Essa rede livre de comunicação, responsabilidade e ajuda estava exibida em dois quadros afixados na parede. Num deles estava escrito Preciso que me ajudem, no outro, Posso ajudar em. Esses quadros era o meio de comunicação de quem precisava de ajuda e de quem podia ajudar.
Na Escola da Ponte, havia um tribunal de alunos para os alunos indisciplinados. Era o tribunal que entrava em ação e tomava providencias disciplinares. Os professores não eram responsáveis pela disciplina. Podendo assim, professores e diretor se dedicar aos desafios prazerosos de aprender junto com o aluno. Algum tempo depois o tribunal foi abolido pela assembléia. Percebeu-se que ele era uma instância de punição e não de recuperação.
As crianças da Escola da Ponte eram tratadas como se fossem únicas, com seus próprios sonhos, ritmos e interesses. Todas tinham o direito à alegria.
Rubem Alves conta que na Escola da ponte não havia programas. Mas isso não quer dizer que a aprendizagem aconteça ao sabor dos desejos das crianças. Uma das tarefas do professor é “seduzir” as crianças para coisas que elas ainda não experimentaram.
Naquela escola as crianças tinham o direito de não ler o livro de que não gostavam.
Rubem Alves acredita que o corpo carrega duas caixas. Uma delas é a “caixa de ferramentas”, onde se encontram todos os saberes instrumentais que nos ajudam a fazer coisas. Esses saberes nos dão os “meios para viver”. Mas há também uma “caixa de brinquedos”. Brincamos porque o brincar nos dá prazer. Na caixa de brinquedos há saberes que nos dão “razões para viver”.
Em uma parede da Escola da Ponte encontravam-se as leis. Estas eram o “pacto social” de convivência entre crianças, professores e funcionários.
Ao final da caminhada pela Escola, a menina que apresentava a escola à Rubem Alves indicou-o um computador. Nesse computador havia dois arquivos: Acho bem e Acho mal. Qualquer pessoa podia usar o computador para comunicar aos outros o que achava bem e o que achava mal.
O livro mostra que na Escola da Ponte os alunos aprendem totalidades. A totalidade vem primeiro e é só em relação a ela que as partes têm sentido.
Através da leitura e das palavras de Rubem Alves pode-se percebê-lo como um apaixonado pela Escola da Ponte. Assim como ele mesmo o reconhece. Ele conta que a escola o mostrou um mundo novo em que crianças e adultos convivem como amigos na fascinante experiência de descoberta do mundo. Aprender é muito divertido. Cada objeto a ser aprendido é um brinquedo. Pensar é brincar com as coisas. Brincar é coisa séria.
O autor conta que a amizade das crianças da Escola da Ponte o comove. Ele finaliza o livro dizendo que o maior prêmio para um professor é quando os alunos se tornam amigos dele. E afirma que um verdadeiro professor nunca sofre de solidão.


Análise da reportagem: Reforma do currículo escolar da Venezuela propõe eliminar o conceito de mestiço

O governo do presidente Hugo Chávez está elaborando um novo currículo. Os textos do novo currículo que serão entregue a todas as escolas do país venezuelano incluirão muitas modificações em relação ao currículo atual.
A ONG teve acesso a um documento, no qual explica algumas alterações que o tal governo pretende fazer no currículo escolar. No documento, a equipe comandada pelo irmão do preseidente, o ministro Adam Chávez, propõe eliminar o conceito de mestiço, fazendo com que a identidade nacional passasse a ser algo puro.
No início do ano letivo, Chávez ameaçou fechar qualquer escola privada que se negasse a ensinar conforme o novo modelo educativo.
O presidente disse que nem o Estado nem a sociedade podem permitir que os colégios privados façam o que tenham vontade.
Acredito que a proposta do governo de Chávez em relação ao novo currículo não esteja de acordo com os parâmetros curriculares. Pois os novos venezuelanos que o governo pretende formar, mal conhecerão o processo de colonização de seu país.
Outro fator curricular negativo da reforma curricular da Venezuela é que a equipe comandada pelo ministro do Poder Popular, irmão de Chávez, propõe eliminar o conceito de mestiço, fazendo com que a identidade nacional passe a ser algo puro.
Vejo isso como uma violação do conceito de mestiço, pois a identidade nacional será uma determinada origem, quando na realidade é outra.

TEXTO SOBRE O FILME: O CLUBE DO IMPERADOR


O filme conta a história de um colégio interno de educação tradicional, onde o professor Hundert forma “O Clube do Imperador”, para estudar a história da cultura greco-romana. O professor tenta moldar a personalidade dos alunos, usando os bons exemplos dos personagens da história. O caráter do professor muda quando se depara com o arrogante aluno, Sedgewick Bell, filho de um Senador também arrogante.
O objetivo do professor é transformar meninos em homens com princípios morais, homens de sucesso. O conflito se dá pelo fato de Bell manter um relacionamento com seu pai, em que não havia diálogo nem tão pouco carinho e afetividade. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação em um concurso (Clube do Imperador), desviando-se de seu caráter sério, para tentar aproximar-se do garoto. Percebendo que não consegue mudar o caráter do aluno, o professor começa a refletir quanto a vitórias e derrotas. Esse conflito se torna mais profundo quando se decepciona, ao perceber que, mesmo entre os mestres da escola, a “esperteza” está presente. Quando chega sua chance de prestigiar o cargo máximo, de diretor, a escolha cai sobre alguém bem mais jovem que ele e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro para sustentar o colégio. Tudo isso, nos mostra que o ser humano será sempre imperfeito. A falta de caráter e a desonestidade existem em todos os lugares e até mesmo pessoas que sempre seguem esses princípios, podem uma hora ou outra, ter algum deslize. Há necessidade, como seres humanos, de nos renovarmos todos os dias.
Pode-se concluir que por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” dado pelas famílias e no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém, o que de fato fica, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos de nossos pais.
O professor honra sua profissão, quando reconhece seus erros. Pois reconhecer os erros é de sábios.

A LINGUAGEM



A linguagem é uma atividade intelectual e exclusiva do homem. Ao pronunciar uma palavra o homem está expressando um determinado estado mental. É necessário que as palavras tenham um significado.
O mais importante é a língua os códigos de utilização na comunicação.
Sem dúvida o uso da língua portuguesa deve ter uma atenção especial no currículo escolar especialmente nas séries iniciais, quando a criança está em pleno processo de aquisição e ampliação do uso da língua.
A utilização da língua se concretiza em forma de enunciados.
Existem vários padrões na nossa língua confirmam os estudiosos: o padrão culto característico das pessoas que freqüentam os bancos escolares e dominam um conjunto de regras descritas nas gramáticas tradicionais os padrões característicos dos variantes regionais, menos prestigiadas socialmente e outros.
A criança já é falante usa sua língua para comunicar-se, portanto possuí uma série de conhecimentos lingüísticos que se baseiam principalmente em experiências de língua oral adquiridas no grupo social a que pertence.
Ao ingressar na escola a criança traz consigo a variação lingüística usadas nos processos interlocutivos dos quais participou até o momento.
A escola passava receber educandos egressos das camadas populares. Então durante muito tempo a escola tentou corrigir a fala destes alunos, na crença que, deste modo escreveriam certo.
O preconceito lingüístico tornou-se uma prática bastante perniciosa ao aprendizado da língua portuguesa.
O respeito ao dialeto do aluno não basta. A escola tem obrigação de ensinar e não de impor ao aluno o dialeto padrão. A variedade padrão é um instrumento fundamental e imprescindível para a superação das desigualdades sociais.
As atividades de ensino deveriam oportunizar aos seus alunos o domínio de outra forma de falar, cada professor de língua portuguesa ter presente essas atividades para ensinar os alunos.
A linguagem é um de seus caminhos ela serve para bloquear e disso ninguém duvida, também serve para romper o bloqueio o homem se comunica pela linguagem. Tem acesso a informação, expressa e defende as suas opiniões, partilha ou constroem visões de mundo, enfim produz conhecimentos.
Ensinar a língua é tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar da forma que fala em determinada situação concreta de interação.

RESUMO DO LIVRO: “Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica”

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA X LIVRO DIDÁTICO

O livro “Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica”, traz questões referentes ao conteúdo e o tratamento metodológico que os livros didáticos dão à educação para leitura de mapas.
A educação para leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de uma série de conhecimentos e habilidades, para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo e desta forma construir os conceitos das relações espaciais.
Geralmente, é oferecido às crianças mapas projetivos e euclidianos, sem que elas tenham passado por uma educação cartográfica.
Assim, os alunos utilizam os mapas apenas como ilustração, ou para localizar fatos geográficos.
Muitas pessoas devem ter vivido experiências em que os deslocamentos pela cidade ou estradas foram facilitados com o auxílio de mapas.
O mapa informa, e deve ser utilizado como um instrumento de informação e não de ilustração pura e simples.
Ensinar a ler mapas ou alfabetizar para a leitura cartográfica tem implicações mais profundas para a educação que simplesmente ser um processo metodológico do ensino de Geografia.
É considerado em primeiro lugar os primeiros anos de escolaridade para a alfabetização cartográfica e, em segundo lugar, o papel que o livro didático ocupa em nossas escolas.
O espaço geográfico (natureza x sociedade) é o objeto de investigação da Geografia.
Os geógrafos defendem a idéia de que o conhecimento do espaço é o caminho para a autonomia político-financeira e que um dos instrumentos para este conhecimento é o mapa.
Um leitor crítico, capaz de ler o espaço real e sua representação, o mapa, é aquele que aprende os problemas do espaço e ao mesmo tempo consegue pensar as transformações possíveis para o mesmo.
A responsabilidade do geógrafo torna-se um complicado jogo de conhecimento onde não pode faltar o compromisso com a realidade e a atualidade.
A Geografia dos professores e a dos livros didáticos é uma “Geografia espetáculo”, onde o aluno não consegue construir conceitos, pois eles estão prontos e inquestionáveis.
O professor que pensa na formação da cidadania, como participação consciente e responsável, possivelmente é também um ser autônomo, com pensamentos próprios, toma decisões, tem iniciativa, é criativo.
Mapa é um símbolo que representa o espaço geográfico, de forma bidimensional e reduzida.
Preparar o aluno para a leitura de mapas deve incluir a sua ação como elaborador de mapas.
A leitura de mapas deve ser estudada com o mesmo cuidado que se tem com a leitura da escrita.
A alfabetização cartográfica deve ser vista como uma proposta metodológica.
Em um trecho do livro, a autora traz uma afirmação de Piaget , dizendo que a construção progressiva das relações espaciais se processa no plano perceptivo e no plano representativo.
As ações que os alunos organizam para essas construções podem explicar o funcionamento do seu pensamento para a leitura do espaço e sua representação.
Em um de seus livros, Piaget resgatou a classificação dos desenhos espontâneos da criança. Conforme essa classificação, existem fases para os desenhos espontâneos da criança.
Acredita-se que uma das decisões como educador, seja a escolha do livro didático.
O livro didático não é escolhido pelo aluno, e sim pelo professor. Cabe a ele fazer a melhor escolha, já que existe muita reclamação quanto à qualidade do livro didático.
Segundo o que os editores afirmam, os professores preferem livros com perguntas claras e inquestionáveis, a livros que possibilitem respostas pessoais dos alunos. Esses professores são atraídos pela maquiagem das ilustrações e frases de efeito.
Todas as pessoas que utilizam o livro didático precisariam discutir a sua qualidade e participar do processo de escolha e de sua melhoria. E essa melhoria, resultaria na melhoria da qualidade de ensino.
Nos livros didáticos de Estudos Sociais não se percebeu uma preocupação metodológica para a educação cartográfica.
Foram encontrados mapas, plantas de bairros, plantas baixas de sala de aula, porém desvinculados de uma preocupação metodológica para um trabalho eficaz da linguagem cartográfica.
As categorias que tratam de espaço geográfico entre si, ficaram incluídas no conjunto de espaço e sua territorialidade.
Existem diversas formas de representar a Terra: planta, mapa, globo terrestre e planisfério, e perfil topográfico.
Os mapas, representações gráficas da Terra, utilizam-se de elementos cartográficos para comunicarem as informações sobre a realidade do espaço que representam.
Diante da análise feita em alguns livros didáticos de estudos Sociais, constatou-se que os livros não preparam o aluno como leitor de mapas, porque não foram encontrados trabalhos com preocupações em formar estruturas cognitivas para a construção das relações espaciais.
Formar o leitor do espaço e sua representação ultrapassa a questão do ensino de Geografia.



A AVALIAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS


É nas series iniciais onde os alunos são alfabetizados. A presença da avaliação é muito importante para verificar as aprendizagens dos alunos, as competências que ele atingiu e o que precisa melhorar.
A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Requer preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos.
A avaliação, tal como concebida e vivenciada na maioria das escolas brasileiras, tem se constituído no principal mecanismo de sustentação da lógica de organização do trabalho escolar e, portanto, legitimador do fracasso, ocupando mesmo o papel central nas relações que estabelecem entre si os profissionais da educação, alunos e pais. Os métodos de avaliação ocupam, sem duvida espaço relevante no conjunto das práticas pedagógicas aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem. Avaliar, neste contexto, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico; não é simplesmente atribuir notas, obrigatórias à decisão de avanço ou retenção em determinadas disciplinas.
Para avaliar um aluno é preciso analisar uma serie de fatores em relação a ele, tais como a realidade de sua vida, a estrutura de sua família, a aprendizagem do que foi ensinado e etc.
Se as nossas metas são educação e transformação, não nos resta outra alternativa senão juntos pensar uma nova forma de avaliação. Romper paradigmas, mudar nossa concepção, mudar a prática, é construir uma nova escola.
Na escola investigada a avaliação é realizada de maneira contínua, onde é valorizado cada avanço do aluno, assim como seu interesse e esforço. Os instrumentos utilizados para avaliar as aprendizagens dos alunos são trabalhos coletivos e individuais, esforço e interesse do aluno, participação em sala de aula e avaliações parciais.

ATIVIDADES SOBRE MÚSICA E MOVIMENTO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

NOME DA ATIVIDADE: Amarelinha


IDADE INDICADA: 5 anos


OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Desenvolver a coordenação motora e a lateralidade;
- Estimular a concentração;
- Reconhecer os numerais e as formas geométricas;
- Fazer com que a criança consiga contar os númros em ordem crescente e decerscente.


CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS: - Coordenação motora e lateralidade;
- Concentração e percepção;
- Formas geométricas;
- Numerais de 0 a 10
- Ordem crescente e decrescente


DESCRIÇÃO DETALHADA DA ATIVIDADE: Como toda brincadeira a amarelinha é uma atividade diária em todas as escolas, colocar esta atividade para as crianças vai ser uma atividade prazerosa e rotineira, mas com a ajuda da professora isso ficará mais interessante. Desenhe no chão amarelinha tradicional, só que as crianças terão que pular e contar ao mesmo tempo com a ajuda de todos, quando todas as crianças tiverem pulado a amarelinha, troque os números pelas formas geométricas e comece a brincadeira.





NOME DA ATIVIDADE: Pulando corda


IDADE INDICADA: 4 e 5 anos


OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Desenvolver a coordenação motora, a lateralidade e o equilíbrio;
- Desenvolver a habilidade de contagem dos números.


CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS: - Coordenação motora, lateralidade e equilíbrio;
- Numerais de 0 a 10.


DESCRIÇÃO DETALHADA DA ATIVIDADE: Na Educação Infantil a criança ainda está aprendendo a lidar com a coordenação motora, e pular corda ainda é uma brincadeira desafiadora, incentivar o jogo fará com que a criança sinta confiança.
Comece a rodar a corda e contar do 0, quando a criança errar entra outra criança continua a contar do número que a criança anterior errou até chegar ao número 10, quando chegar ao 10 comece do 0 outra vez.










NOME DA ATIVIDADE: Circuito


IDADE INDICADA: 4 e 5 anos


OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Desenvolver a percepção, concentração e coordenação;
- Identificar os numerais, seguindo sua sequência.


CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS: - Percepção, concentração e coordenação;
- Sequência numérica.


DESCRIÇÃO DETALHADA DA ATIVIDADE: Monte um circuito com pneus velhos, escorregador, corda e tudo mais que a sua imaginação, o espaço e materiais permitirem. Enumere os circuitos de 1 a 10, de modo que as crianças sigam a seqüência numérica.















NOME DA ATIVIDADE: Coelho matemático


IDADE INDICADA: 4 e 5 anos


OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Desenvolver a coordenação motora fina e ampla;
- Estimular o esquema corporal;
- Desenvolver a atenção;
- Fazer com que a criança identifique os numerais.


CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS: - Coordenação motora fina e ampla;
- Os números
- Esquema corporal


DESCRIÇÃO DETALHADA DA ATIVIDADE: Cada participante desenhará um círculo, sendo que dois ficarão fora do círculo. Após todos estarem localizados dentro dos círculos, o professor dinamizará a brincadeira, com a troca de lugares sendo efetuada de várias formas, que resultem na resposta, com o numeral correspondente nos círculos. Os participantes que estão fora tentarão ocupar os círculos.








NOME DA ATIVIDADE: Formas geométricas


IDADE INDICADA: 4 e 5 anos


OBJETIVOS DA ATIVIDADE: - Desenvolver a atenção e percepção;
- Identificar as formas geométricas.


CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS: - Percepção e atenção;
- Formas geométricas.


DESCRIÇÃO DETALHADA DA ATIVIDADE: Nesta brincadeira você vai precisar de duas caixas grandes, objetos com formas geométricas como cd, jornal amassado, régua e etc. Cada caixa vai ficar em um lado da quadra, uma com todos os objetos e a outra vazia. Peça para as crianças procurarem todos os objetos com a forma geométrica pedida e de uma a uma colocar na caixa vazia.

A MÚSICA PARA AS CRIANÇAS


Nos primeiro anos de vida, os bebes ainda não sabem falar, e se comunicam através dos sons e dos ritmos de seus próprios movimentos.
Os primeiros sons que são descobertos são os do seu próprio corço e do ambiente ao seu redor.
Ao ouvir os diversos sons, a sua primeira reação é tentar imita-lo.
Alguns sons como os da natureza, os sons de uma música suave são mais bem aceitos pelas crianças, já os ruídos feitos por um avião ou o estouro de fogos de artifício, além de trazer desconforto podem causar sensação de medo.
A musica como forma de aprendizado, não se aplica apenas nas brincadeiras de roda , mas também durante o banho,durante uma refeição ou até mesmo enquanto os bebes estão descansando, tirando aquela sonequinha.
Assim como a literatura a música estimula a criatividade das crianças e o seu desenvolvimento de linguagem oral e mais tarde a linguagem escrita.
Canta músicas que relatam coisa do seu cotidiano levam a um melhor desenvolvimento.
Ao selecionar músicas para estas criança é importante que ofereçamos a elas um repertoria variado, pois cada região do Brasil tem suas música típicas o nos possibilita uma diversidade de instrumentos e ritmos.
Ao escutar uma música tende a acompanha-la cantando, ou fazendo movimentos.
Não como educadores temos que valorizar o ato de criação das crianças para que ele seja significativo.
Para que haja esta valorização da criança é necessário que estejamos atentos aos seus sons e movimentos para que assim possamos reconhece-los dentro de suas especificidades.

RESUMO DO LIVRO: OS AFAZERES NA EDUCAÇÃO INFANTIL - ROSSETTI - FERREIRA

Ao ler este livro, embarcamos em uma viagem sedutora, que nos leva a repensar sobre nossos fazeres com nossas crianças, sejam elas nossos filhos ou aluno.
Desde muito tempo este tipo de troca de experiências, através de conversas vem facilitando o surgimento de novas concepções de ensino.
Nos últimos anos o campo da educação infantil tem sofrido profundas mudanças, tanto legais como conceituais, e nós como educadores temos o dever de nos atualizarmos afim de desempenhar melhor nosso trabalho nas instituições nas quais estamos inseridos.
Uma destas transformações é a presença cada vez mais intensa da família nas instituições de ensino, os pais tem buscado conhecer melhor a pessoa que faz parte do dia-a-dia de seu filho, ou seja o educador e este por sua vez vem buscando conhecer melhor a família de suas crianças o que nos leva a reconhecer os limites, as crenças e os costumes de cada um.
Com esta aproximação cresce também os vínculos afetivos entre a figura do educador e a criança, vínculo este indispensável em uma sala de berçário por exemplo, pois é através dele que cresce a confiança entre ambas as partes.
Nos primeiros anos de vida de uma criança, ela acredita que o mundo gira em torno dela, só depois de conviver com outras crianças em um ambiente apropriado para isso é que ela percebe que neste espaço existe o outro e neste momento de adaptação que o papel do adulto enquanto parceiro é fundamental, até porque a cada novo ano há uma nova adaptação.
Para que esta adaptação seja menos dolorosa, podemos usar de vários artifícios, tais como a presença de um bichinho de estimação dentro da sala, esta convivência pode ajudar as crianças a expressar sentimentos, respeitar diferenças e também lidar com sentimento de perda.
Outro recurso bastante usado nas instituições, não só com intuito de adaptação, mas também de melhoria no ensino é a literatura infantil, que através de suas estórias nos leva a um mundo mágico, e além disso estimula a imaginação das mentes férteis de nossas crianças, melhoram sua linguagem oral, que também pode ser estimulada através do dialogo.``Investir na conversa de roda é uma forma de lutar pela cidadania”
Na roda além do dialogo e das brincadeiras, também se pode ouvir e cantar músicas o que ajuda a desenvolver o senso de ritmo e cabe a nós sermos criativos e críticos na escolha do que apresentar a elas, garantindo que o trabalho seja interessante para ambos.
Mas apesar de tanta preocupação com o desenvolvimento psíquico da criança, uma instituição de educação infantil não pode esquecer de um outro papel importante que deve desempenhar na vida destas crianças, o papel de cuidado com sua alimentação, higiene, sono, e para que se desenvolva estas atividades da forma mais prazerosa possível, é necessário a organização destes espaços.
Diante de tantas informações e experiências adquiridas no decorrer da leitura, pensamos em tomar uma direção quanto a educação infantil, mas que direção? Acho que o melhor mesmo é aproveitar um pouquinho de cada e melhorar cada dia mais.

TEXTO SOBRE O ENSINO DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de propiciar a vivência de elementos estruturais dessa linguagem.
A criança através da brincadeira, relaciona-se com o mundo que a cada dia descobre e é dessa forma que faz música: brincando. Receptiva e curiosa, ela pesquisa materiais sonoros, "descobre instrumentos", inventa melodias e ouve com prazer a música de todos os povos.
De forma ativa e contínua, a aprendizagem musical integra prática, reflexão e conscientização, encaminhando a experiência para níveis cada vez mais elaborados.
O envolvimento das crianças com o universo sonoro, começa ainda antes do nascimento, pois na faze intra-uterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial e referência afetiva para eles.
Portanto, a interação da criança com a música, como podemos observar já se inicia logo cedo, ouvir música é quase inevitável em nossa paisagem sonora, pois como foi dito, é interessante observar o reconhecimento dos bebês ao ouvir a voz da mãe, o barulho do pai chegando do trabalho, das cantigas de ninar para dormir, o barulho dos objetos ao cair, o que desperta na criança a curiosidade, a alegria, entusiasmo ocasionados pela sonoridade. Estando presente a música em nossas vidas, podemos então afirmar que a linguagem musical surge espontaneamente na criança por meio do contato com o ambiente sonoro da cultura na qual está imersa.
O ensino da música vem sendo tratado com bastante seriedade e muitas perspectivas por profissionais da Educação Infantil. Trazendo como prova relatos de uma professora entrevistada.
O tipo de música escutado pela professora entrevistada de Educação Infantil coincide com o tipo de música de minha preferência também, ou seja, músicas que tragam em suas letras mensagens sentimentais.
Em relação à mídia, esta não tem influência em minha preferência musical. Acredito que quando gostamos de um tipo de música, não importa os tipos de músicas que estejam em destaque na mídia, pois já temos uma preferência musical formada em nossa mente.
De acordo com a entrevista e o relato pessoal, observei que o que mais chama atenção nas músicas ouvidas no dia-a-dia é a letra.
Das músicas que escuto no meu dia-a-dia, algumas podem ser usadas em sala de aula e outras não. As que podem ser usadas são as que falam de valores (tema fundamental a ser trabalhado) e as outras músicas podem não ser adequadas para utilizar em educação infantil devido à faixa etária das crianças.
Segundo a entrevista realizada, a professora aborda utilizar bastante músicas em suas aulas, quase que diariamente. Porém não as músicas de seu gosto pessoal e sim músicas clássicas, de ninar e etc. em atividades normais do dia-a-dia, no momento do trabalho dirigido, quando o plano do dia e as curiosidades já foram combinados, assim fazendo com que as crianças trabalhem em silêncio ouvindo a música.
A professora entrevistada vê a música como um ótimo recurso em sala de aula, pois ela é capaz de transmitir sossego, calmaria e até inspiração, fazendo com que o tempo passe mais rápido e a aula se torne mais prazerosa, trazendo tranqüilidade à sala de aula.
Acredito que a música seja um recurso muito importante no contexto escolar, pois ela estimula, acalma, torna a aula diferente e este é um ótimo recurso para trabalhar determinados conteúdos de forma muito mais gostosa.
O ensino da música na escola seria um diferencial fantástico na qualidade da educação, pois ela auxilia no desenvolvimento de aspectos psicomotores, socialização, desinibição e etc.
A Comissão de Educação (CE), presidida por Cristovam Buarque ( PDT-DF), aprovou em dezembro de 2007, por unanimidade e em decisão terminativa, projeto de lei que torna obrigatório o ensino de música nas escolas da educação básica. A proposta, da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394/96) – para incluir a música como conteúdo do ensino de Artes.

TEXTO SOBRE O RESUMO DO LIVRO: JOGOS, PROJETOS E OFICINAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

A EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO

O ser humano se movimenta sempre de uma forma simbólica e expressiva para discutir a necessidade de uma educação de “corpo inteiro”. Parte-se do pressuposto de que é preciso romper com a “cultura do imobilismo e do silêncio”.
A criança é formada por “corpo e mente” ambos indissociáveis e complementares. É bom que se entenda desde já que nós não temos um corpo, e sim que nós somos o corpo.
A proposta de uma “educação de corpo inteiro” deve ser incorporada pela escola, valorizando as brincadeiras os jogos e a imaginação, porque apesar de algumas habilidades motoras a serem desenvolvidas na família, não se pode negar a importância dos primeiros anos da escolaridade.
Por meio de diferentes jogos e outras atividades lúdicas, há a possibilidade de fomentar, no espaço escolar, a expressão e o aperfeiçoamento dos movimentos e das habilidades motoras da criança, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, possibilitando-lhe uma formação mais humana.
Cabe, ao professor, ajudar a criança a usar o seu corpo para aprender os elementos do mundo e suas relações espaços-temporais, base para uma formação integral e autônoma,pois a aprendizagem depende essencialmente da tomada de consciência em relação ao seu esquema corporal.
O movimento é indispensável para o equilíbrio físico, cognitivo, social e afetivo, os quais, por sua vez, são condicionantes do desenvolvimento motor.
As brincadeiras, os jogos e demais atividades físicas são fundamentais para o desenvolvimento da motricidade infantil. Assim, conhecer jogos, brincadeiras e refletir sobre os tipos de movimentos que o envolvem é uma condição indispensável.
Os jogos, brincadeiras e músicas estão ligados a todos os tipos de conhecimento e são agentes facilitadores na construção dos mesmos.



REFERÊNCIA BRIBLIOGRÁFICA

CENTURIÓN, Marília...[et.al.]. Jogos, projetos e oficinas para educação infantil. São Paulo: FTD, 2004. 272 p.

RESUMO DO LIVRO: JOGOS, PROJETOS E OFICINAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Educar significa propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, de respeito e confiança e acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
A educação infantil abrange vários eixos de conhecimento, entre eles
estão: a Matemática, Língua Portuguesa, Natureza e Sociedade, Música, Jogos e Brincadeiras e Projetos e Oficinas.
As noções matemáticas abordadas na educação infantil correspondem a uma variedade de brincadeiras e jogos, principalmente aquelas classificadas como de construção e de regras. São exemplos disso, brincadeiras como a dança das cadeiras, quebra-cabeças, labirintos, dominós, dados de diferentes tipos, jogos de encaixe, jogos de carta, etc.
A observação direta e sistemática do aluno frente ao processo de construção e reconstrução de conhecimentos permite, ao professor, adequar a intervenção educativa e, ao aluno, a tomada de consciência de suas aprendizagens.
A aprendizagem de noções matemáticas na educação infantil está centrada no diálogo entre alunos e crianças. Ao comunicar qualquer idéia matemática, o educando está dando a medida do que aprendeu.
Saber quais são as competências essenciais a serem desenvolvidas pelas crianças da educação infantil é proporcionar meios de concretizar as intenções educativas estabelecidas.
Conceitos de grande e pequeno são explorados através de desenhos iguais, mas de tamanhos diferentes, impressos na mesma folha ou até mesmo utilizando os dedos da mão. Utilizando-se de tecidos, algodão, bichinho de pelúcia, pedaço de plástico e estimulando o manuseio destes objetos da-se vida aos conceitos de macio, duro, áspero e liso. As espessuras podem ser trabalhadas com a ajuda de cordas, barbantes ou na falta
deste material, fitas de papel.
Alguns conhecimentos, como ordem de tamanho, para cima e para baixo, aberto ou fechado, quente ou frio, estão sempre presentes no cotidiano das crianças. As filas no pátio da escola, geralmente são feitas por ordem de tamanho. Em casa ao utilizarem armários, começam a ter noção de aberto e fechado, e em cima ou em baixo. Ao se alimentarem descobrem um novo mundo de sensações, incluindo o quente e o frio.
As formas geométricas estão presentes na vida dos educandos praticamente desde que nascem. Mais tarde, em sala de aula este conteúdo é trazido com um pouco mais de sentido a eles, através da utilização de caixas, latas, maças de modelar, blocos lógicos, etc. A utilização de cd`s e cartões telefônicos usados, também podem ajudar o aluno a construir os conceitos de quadrado, retângulo, triangulo e círculo.
O conhecimento lógico - matemático implica a ação sobre os objetos, ou seja, é aquele em que o professor propicia à criança a oportunidade de reinventar determinada noção com base em sua atividade própria.
A avaliação deste conhecimento deve ser sistemática e se dá ao longo de todo processo de aprendizagem. Deve-se levar em consideração o conhecimento prévio que os alunos possuem sobre a escrita, leitura e idéia de números, medidas e geometria, e só então avaliar as possibilidades de aprendizagem de cada um.
A comunicação entre seres de mesma espécie é fundamental, sendo praticamente impossível imaginar uma convivência sem ela, e um dos meios mais eficientes de comunicação é a linguagem oral, pois através dela é que expressamos idéias, opiniões, sentimentos e é também através da linguagem oral que adquirimos conhecimento.
O trabalho com a linguagem constitui um dos eixos básicos na educação infantil, dada a sua importância para a formação do sujeito, para a integração com as outras pessoas.
A educação infantil ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças.
A aquisição da linguagem inicia-se nas conversas com os bebês, pois além de estreitar os laços de afetividade esse diálogo representa modelos lingüísticos dos quais a criança se apropria. Cabe a família e também a escola privilegiar o diálogo com as crianças, como por exemplo, promover rodas de conversa com alunos, pois estas estimulam os alunos a trocar idéias, contar casos ocorridos com eles, comentar fatos e etc.
Ótimo material para trabalhar a oralidade dos alunos são as adivinhas, parlendas, trava línguas, quadrinhas e ditados populares. As atividades com música também são excelentes aliadas no desenvolvimento da oralidade.
Um dos objetivos da educação infantil, talvez o mais importante, é despertar no aluno o gosto pela leitura. Os momentos de contar histórias são muito oportunos para despertar no educando a curiosidade e a vontade de ler. Ao ouvir histórias, a visão de mundo da criança é cada vez mais ampliada.
Os livros devem ser escolhidos com cuidado e de acordo com o gosto e a faixa etária das crianças.
A estratégia de oferecer oportunidade para que o aluno construa hipótese para decifrar o código escrito, pode continuar mesmo após a apresentação formal das primeiras letras e para uma melhor memorização é indispensável o uso de imagens.
A avaliação deste conhecimento deve ocorrer em atividades contextualizadas nas quais o professor pode perceber como os alunos estão construindo a sua linguagem.
A relação da criança pré-escolar com os fenômenos naturais e sociais pode ser sintetizada em uma única palavra: curiosidade. O conhecimento do mundo é transmitido a criança desde o seu nascimento.
A escola cabe propiciar ampliação desse conhecimento, incentivando a
criança a participar de descobertas, propiciando o desenvolvimento de suas capacidades de experimentar, refletir e formular hipóteses.
O ambiente escolar é um ambiente coletivo, de convivência, o que torna ainda mais enriquecedor o processo de construção do conhecimento, mas também envolve questões ligadas a valores como: ética, honestidade, disciplina, companheirismo, solidariedade, persistências e respeito, e é esse o enfoque que devemos buscar.
A organização do conteúdo, nesse sentido serve como um roteiro básico, nem sempre claramente delimitado a uma única área. È freqüente, um mesmo tema ser abordado em mais de uma disciplina.
Nossa proposta é calçada na valorização dos trabalhos tanto manuais quanto intelectuais, na compreensão do homem como parte do meio ambiente. Esta proposta visa estimular no aluno a autonomia e a visão crítica; despertar na criança a consciência da responsabilidade sobre o cuidado com seu corpo; permitir o acesso a produções da cultura popular vedadas pela mídia; e contribuir para a formação de um cidadão atuante.
Situações presentes na vida do aluno como a vacinação, a consulta ao dentista ou ao pediatra, a compra de um brinquedo ou dificuldades financeiras, podem ser temas geradores de uma atividade de reflexão em sala de aula.
Cuidados com o corpo e a saúde também são assuntos que devem ser abordados com as crianças. Este assunto pode ser abordado com o auxílio dos alimentos consumidos pelas crianças diariamente, no sentido delas conhecerem a importância de cada um.
O cuidado e o conhecimento dos hábitos de pequenos animais, podem trazer noções de diferença entre o modo de vida de cada um, de respeito ao próximo e principalmente respeito às diferenças.
Como nesta faixa etária o eixo natureza e sociedade abrange as disciplinas: Ciências, História e Geografia, a avaliação deve ser realizada de forma contínua, e não por meio de uma atividade especialmente planejada com esta finalidade.
A música é fundamental na formação de futuros cidadãos. Além do poder de encantar, pode ser utilizada para transmitir conhecimento. As canções populares constituem a mais viva expressão lingüística de um povo.
Associadas a música estão à dança, as brincadeiras e os jogos com movimentos e gestos corporais que devem constituir conteúdos para o trabalho com as crianças.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mão, etc., são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
As músicas que exploram sons da natureza, sons de instrumentos musicais e composições clássicas são relaxantes e podem ser utilizadas em atividades que explorem a concentração e a meditação. Também é possível trabalhar a expressão corporal em conjunto com as músicas que exploram sons da natureza. As crianças podem perceber, sentir e ouvir, deixando-se guiar pela sensibilidade e pela imaginação que a música lhes sugere ou comunica.
Músicas que exploram movimentos ajustados a um ritmo, a interação, a imitação e ao reconhecimento do corpo, possibilitam a percepção rítmica, a identificação de segmentos do corpo e o contato físico.
Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos, principalmente as músicas que envolvem diversas formas de contagem. Elas possibilitam fazer comparações entre quantidades e entre notações numéricas e permitem também localizar-se espacialmente.
Os jogos e brinquedos musicais da cultura infantil incluem acalantos. Os jogos constituem um fator importantíssimo para o desenvolvimento intelectual, motor e afetivo das crianças, pois permitem que elas entendam o mundo, expressando suas ações, sentimentos e idéias.
As adivinhas enceram enigmas a serem descobertos. O trabalho didático com adivinhas, além de ser uma maneira de difundir a cultura popular contribui para aprendizagem de novas palavras, permitindo que a criança amplie o seu vocabulário. As parlendas servem como fórmula de escolha em uma brincadeira e os textos da parlendas apresentam inúmeras variante, dependendo de cada região do país. Trava-língua é um termo usado para nomear uma modalidade de parlenda em forma de verso organizada de forma que se torna difícil de pronunciá-la sem tropeços. Jogos e brincadeiras encontradas nas diversas culturas propiciam conquistas no plano de coordenação e precisão do movimento.
Os projetos são conjuntos de atividade que trabalham com conhecimentos específicos, construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver ou um produto final que se quer obter.
Projeto é algo motivador, pois possibilita uma aprendizagem significativa em todas as áreas do conhecimento. Um projeto bem elaborado deve ter como objetivo principal o estímulo da criança em desenvolver a atividade proposta. Neste momento o professor tem papel de mediador no processo de interdisciplinaridade.
Projetos que envolvem passeios pelo bairro da escola estimulam as crianças a terem um interesse maior pelo ambiente em que vivem e também pelas pessoas que estão ao seu redor. Já os projetos com histórias tem como objetivo o despertar da criança para a vontade de aprender a ler e o amor pelos livros.
As construções coletivas, de brinquedos por exemplo, aproximam as crianças possibilitando o surgimento de laços afetivos tanto entre elas quanto com o educador.
As oficinas de trabalho para festas e datas comemorativas consistem em propostas de encaminhamento de atividades, entre as quais se encontram, além de textos informativos, criação de objetos confecção de álbuns, cartões, cartazes, máscaras, enfeites e decorações, reciclagem de papel, preparo de ovos de chocolate, construção de árvore de natal com material alternativo, etc.

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A avaliação na educação infantil é um procedimento de fundamental
importância, pois permite identificar as conquistas alcançadas pela
criança.
É através da avaliação que o professor pode perceber se seu método de ensino está sendo adequado para aquele grupo/classe.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, referente à Educação Infantil, artigo 31, preconiza que: "(...) a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental". A esse respeito, julgamos oportunas as considerações de HOFFMANN (2002), quando afirma que quem procura um médico está em busca de pelo menos duas coisas: um diagnóstico e um remédio para seus males. "A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem''.
Assim, no espaço da Educação Infantil, a escola deve oportunizar a criança um ambiente físico e social onde ela se sinta acolhida e segura para enfrentar desafios.
De acordo com Hoffmann (1996), a avaliação deve ser mediadora, onde “mediação significa um estado de alerta permanente do professor que acompanha e estuda a história da criança em seu processo de desenvolvimento”.
A avaliação não deve ser encarada como um julgamento, pois isso seria uma forma de classificar e estigmatizar as crianças, não levando em conta os acontecimentos que acompanham todo o cotidiano em questão, onde todos são avaliados.
Assim, ela passa a ser uma ação crítica e transformadora, onde o professor acompanha o seu grupo, investigando, observando e refletindo sobre a criança, sobre o grupo, sobre a sua prática pedagógica, sobre a instituição.
Muitas escolas optam pela avaliação processual, isto é, refere-se ao desenvolvimento da criança de forma global e consideram o ritmo de aprendizagem de cada um. Esta sendo realizada diariamente.
A criança precisa ser avaliada em muitos aspectos: social, emocional, motor e cognitivo, por isso, na Educação Infantil, a avaliação não pode ser restrita a atividades no papel ("provinhas"). A avaliação deve ser diária e em todas as atividades realizadas, inclusive nas brincadeiras e jogos.
Portfólio, dossiê, relatórios de avaliação, todas essas nomenclaturas se referem, no sentido básico, à organização de uma coletânea de registros sobre aprendizagem do aluno que ajuda o educador, os próprios alunos e as famílias a ter uma visão evolutiva do processo. Embora não tenha sido possível localizar um conceito apropriado do termo Portfólio, adotamos o significado que o educador de Educação Infantil utiliza na sua prática pedagógica, que diz respeito ao registro de trajetória da aprendizagem da criança que se dar através da seleção, ordenação de documentos por ela produzidos, ou documentos externos, como fotos, reportagens, textos, que de algum modo contribuíram com o percurso de sua aprendizagem, colocando em evidência seu patamar de desempenho, as hipóteses que levantou e se os fins que alcançou foram realmente os propostos no inicio do trabalho.
Assim, ela passa a ser uma ação crítica e transformadora, onde o professor acompanha o seu grupo, investigando, observando e refletindo sobre a criança, sobre o grupo, sobre a sua prática pedagógica, sobre a instituição.
Portanto, a avaliação é um processo que deve ser incorporado na prática do professor, onde, todas as experiências, manifestações, vivências, descobertas e conquistas das crianças devem ser valorizadas, com o objetivo de revelar o que a criança já tem e não o que lhe falta.


A LEITURA E A ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



As crianças estão cada vez mais enérgicas e com vontade de aprender, aí surge á dúvida de muitos educadores: “deve-se ou não ensinar a ler e a escrever na pré-escola?
Quem escolhe o momento são os adultos. Então, pode-se dizer que esta pergunta está mal colocada.
Quando a resposta é negativa enxergamos as salas limpas, sem qualquer vestígio de escrita, sem nomes de alunos, sem letreiros e etc. A professora conta histórias, nuca as lê. É proibido ler.
Já, quando a resposta é afirmativa, sendo iniciado o aprendizado da leitura e da escrita na educação infantil, notamos que as salas de aula da pré-escola são semelhantes às salas do primeiro ano, se tornando assim uma prática tradicional.
As crianças iniciam o seu aprendizado de noções matemáticas com situações de seu cotidiano.
Assim acontece também com o aprendizado da escrita, porque a escrita faz parte da paisagem urbana, e a vida urbana requer continuamente o uso da leitura.
A criança compreende tamanha importância da escrita nas situações vivencias por ela no dia-a-dia.
Com base nas investigações realizadas é possível afirmar que nenhuma criança urbana de 6 ou 7 anos de idade começa o primário com total ignorância da língua escrita.
Já as crianças rurais, não conseguiriam acompanhar as crianças urbanas, porque no meio rural tradicional a escrita não é tão presente como no meio urbano.
A pré-escola deveria permitir a todas as crianças o contato com a escrita, num ambiente rico em escritas diversas, onde a criança possa escutar alguém lendo em voz alta e ver os adultos escrevendo; tentar escrever sem copiar um modelo, pois a criança aprende muito mais produzindo, inventando formas e combinações; tentar ler utilizando símbolos escritos, ou seja, dados contextuais, pois o uso dos mesmos é uma atividade inteligente; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças e diferenças sonoras. Numa sala de aula deve haver letras. Um ato de leitura é um ato mágico.
Não se deve manter as crianças distantes da língua escrita, mas também não quer dizer que se deve introduzir exercícios de escrita mecânica e etc.
Em vez de nos perguntarmos se “devemos ou não ensinar”, temos de nos preocupar em dar as crianças ocasiões de “aphin der”. A língua escrita é muito mais que um conjunto de formas gráficas. É um domo de a língua existir, é um objeto social.

A Importância do Brincar

Brincar é um ato tão espontâneo e natural para a criança quanto comer, dormir, andar ou falar. Basta observar um bebê nas diferentes fases de seu crescimento para confirmar tal fato.
Brincar é o verbo da criança. Brincar é a maneira como ela conhece, experimenta, aprende, apreende, vivencia, expõe emoções, coloca conflitos, elabora-os ou não, interage consigo e com o mundo.
O corpo é um brinquedo para a criança. Através dele, ela descobre sons, descobre que pode rolar, virar cambalhota, saltar, manusear, apertar, que pode se comunicar.
É importante que a criança possa brincar sozinha e em grupo, preferencialmente com crianças de idade próximas.
A brincadeira contribui de forma espetacular para a construção da auto-imagem positiva. Ao brincar de casinha a criança precisa conhecer como é uma casa, quem são seus personagens, interioriza modelos, desempenha certa função social, condutas, estabelece vínculos, exercita a sua autonomia, troca com seus pares, experimenta emoções, cria e recria, assume papéis, seu corpo expressa a realidade externa, assume gestos e palavras da pessoa que representa. Vive intensamente a sua realidade interna.
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. Para uma criança com menos de três anos de idade é essencialmente impossível envolver-se numa situação imaginária, uma vez que isso seria uma forma nova de comportamento que liberaria a criança das restrições impostas pelo ambiente imediato. O comportamento de uma criança muito pequena é determinado, de maneira considerável. E o de um bebê, de maneira absoluta.
Brincar é o trabalho da criança, um ato muito sério, e por meio de suas conquistas ela afirma seu ser, proclama seu poder e sua autonomia, explora o mundo, faz pequenos ensaios, compreende e assimila gradativamente suas regras e padrões, absorve esse mundo em doses pequenas e toleráveis.
Dessa forma, nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina sua atividade lúdica; brincar é sua linguagem secreta, que se deve respeitar mesmo se não a entende, então faz-se necessário que o professor/educador fique atento, para oferecer possibilidades e situações de jogos/brincadeiras, é imprescindível que as suas aulas sejam “recheadas” de atividades lúdicas, para que a criança tenha a oportunidade de provar a sua superioridade, de expressar-se, de evadir-se do mundo real, de ser séria no seu diminuto mundo lúdico.
Brincando a criança tem a oportunidade de experimentar o objeto de conhecimento, explorá-lo, descobri-lo, criá-lo. Nos momentos de brincadeira a criança pode pensar livremente, pode ousar, imaginar, nesta hora é livre para criar, não tem medo de errar, brinca com a possibilidade, a capacidade de lidar com símbolos aqui torna-se primordial, brincar e imaginar que um pedaço de pano é o que ele quer que seja.